"Um balão cheio de ar, flutua num espaço infinito de ar...
E o balão diz para si mesmo:
- "Eu” sou um indivíduo.
Eu vivo em um mundo cheio de indivíduos.
Um mundo de “eu” e “meus”: meus pensamentos, minhas lembranças, minhas crenças, minhas realizações, meus sucessos, meus fracassos, meu passado, meu futuro, meus relacionamentos.
Eu possuo um pequeno pedaço do todo, um pedacinho da vida. Esta é a minha pequena parte do todo.”
O que o balão mais teme é estourar – em outras palavras, a sua própria morte – porque vê isso como a perda definitiva do “eu e meu”.
Em outras palavras, a morte é a perda da “minha pequena parte do todo”.
O fim da ‘minha vida’.
O que o balão não pode ver é que a morte é a libertação.
Após a morte, “minha pequena parte do todo” simplesmente explode de volta para o todo.
“Minha vida” se dissolve de volta à vida em si. E o que se vê é que “a minha vida” foi sempre uma ilusão, porque nunca houve alguém lá separado do todo. Houve apenas o todo, sempre.
O balão nunca “tinha” qualquer coisa para começar, e assim nunca poderia “perder” qualquer coisa.
Em outras palavras, não há “indivíduo” separado da própria vida, apenas parece existir."
Texto de Jeff Foster
Imagem Pinterest
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