Querida insegurança,
Você faz eu sentir que o mundo inteiro está mais preparado do que eu para ser pessoa.
Que as pessoas sabem sentir e reagir ao mundo de uma forma mais natural que eu.
Minha forma de sentir a vida parece ter um certo nível de desajuste, principalmente quando vejo como é a vida dos outros.
Essa insegurança de me sentir menor, de não me sentir digno o suficiente para me ser plenamente, não é de hoje.
Tenho vasculhado meu passado como um paleontólogo que procura fósseis de dinossauros, e o que tenho descoberto é muito revelador.
Eu encontrei mágoas enterradas nas profundezas da minha alma, palavras que eu varri para debaixo do tapete quando não tinha amor próprio o suficiente para me defender, e essas palavras calcificaram na forma como eu me vejo: Frágil, indigno, menor, sujo, pecador.
Encontro essas mágoas fossilizadas que eu nem sabia que existiam, e tudo se torna mais claro. Não pretendo fazer um museu com isso, vou jogar tudo fora, pois eu sou o critério de minha seleção natural. Eu só quero deixar seguir a genética do que me fortalece, do que aumenta meu amor próprio e do que faz expandir o brilho que trago no peito.
Querida insegurança, eu vou continuar cavando, vou encontrar cada pedaço de passado que faz eu me sentir assim e eliminar de vez de minha linha evolutiva. Minhas dores passadas, as palavras cheias de espinhos que permiti serem jogadas em meu campo existencial, tudo o que me impede de avançar será transformado em petróleo para queimar como combustível.
Eu comecei a me descobrir agora, e não vou parar até encontrar todas as peças desse esqueleto em meu armário. Cada pedaço de mágoa que eu encontro e jogo fora me faz perceber que não tem nada de errado comigo, e que eu sou completamente digno de me ser, assim como todo mundo é.
Querida insegurança, seus dias estão contados, porque meu amor próprio é irresistível e inevitável.
Texto de Salomão Pedro
Imagem: Google
ResponderExcluirSHEILA,
FREUD dizia que a autoanálise, ou seja o próprio individuo analisar-se a si mesmo era muito difícil pois esbarraria nos seus valores morais, éticos, religiosos e políticos que impediriam que ele atravessasse as barreiras do seu Superego e chegasse as causas inconscientes dos seus traumas e conflitos.
Salomão Pedro fez uma bela autoanálise e, supondo-se não ser um texto meramente ficcional, ele conseguiu.
Sheila a insegurança e o medo em doses não doentias são absolutamente necessárias para a sobrevivência humana, pois impõe freios e determina maiores reflexões nas nossas ações.
Terminando gostaria de convidar você para uma sessão musical da mais pura latinidade em nosso blog "Musica é alegria".
Espero que goste, pois musica boa está é na rua.
Um abração carioca.
Olá, vim conhecer o seu blog! adorei....
ResponderExcluirPassando para te desejar uma boa noite.
Venha conhecer o meu! O link é:
https://ofantasticomundodebete.blogspot.com/
Beijinhos !
Obs: estou seguindo você.