Ouvi essa frase outro dia participando de um webinar. Comecei a pensar o porquê nos incomodamos com as opiniões e críticas de algumas pessoas e para outras não damos a mínima.
Qual será a origem desse incômodo?
Será que ele diz muito mais das nossas fragilidades do que de quem está nos incomodando? E, assim, não é o outro que verdadeiramente nos incomoda e sim algo que está dentro de nós e que, se chegarmos à raiz desse incômodo, vamos entendê-lo e ele evaporará com o tempo?
De qualquer forma, está em nossas mãos decidir por quanto tempo este incômodo vai persistir.
Osho já dizia que “aquilo que existe e incomoda o outro é o meu reflexo”.
Entenda o que te incomoda e assuma a responsabilidade da situação. Só assim você conseguirá resolver a questão.
Quais são as crenças limitantes às quais você tanto se apega?
“Eu nunca consigo”, “Isso não é pra mim”, “Não tenho sorte”, “Se fosse comigo…”
Quais as crenças que te paralisam?
Orai e vigiai o tempo todo. Crie crenças fortalecedoras.
Ayrton Senna costumava dizer que “Deus lhe tinha dado o direito de vencer”. Olha que crença poderosa!
Quando criança, você chorava quando tinha vontade de chorar e sorria quando sentia vontade de sorrir. E quando sorria era porque realmente estava com vontade de sorrir e não era para agradar ninguém. Nem passava pela sua cabeça que seu choro poderia incomodar as pessoas. Com o tempo, você foi percebendo o quê chorar e sorrir causava nas pessoas a seu redor e então começou a se policiar. Também percebeu que tirar um sorriso das pessoas te favorecia, por mais que te desagradasse em algumas situações. Esse é um exemplo do quanto fugimos de nós mesmos para agradar o outro. E de repente fazer as pessoas felizes se tornou realmente um valor importantíssimo pra você. Mas… e você?
E quantas vezes também a injustiça do pensamento do outro sobre você e a falta de oportunidade de você se justificar e mostrar para a outra pessoa o quanto ela está errada a seu respeito te incomodou seriamente? A pergunta é: “Por que te incomodou?”
No fundo, é possível que identifiquemos no outro aquilo que está mais forte dentro de nós. Se você tem paz, amor, alegria, compaixão e bondade no seu coração, talvez enxergue essas qualidades com mais facilidade no outro. Agora, se você tem orgulho, inveja, ciúmes e arrogância, mesmo que não reconheça conscientemente, é bem provável que pense estar sendo vítima do “mau olhado” e da injustiça na maioria das situações.
Quando algo nos perturba, tentamos achar uma maneira rápida de acabar com o sofrimento. Procure se aceitar, se conhecer e se perceber no espelho. Assim, descobrimos o que nos acalma e o que nos faz bem. Assim também vamos evoluindo e crescendo.
Esse tema dá muito pano pra manga. Cada pessoa é responsável por encontrar essas respostas dentro de si. Não podemos terceirizar essa responsabilidade que é só nossa.
Don Miguel Ruiz definiu essas questões numa frase. Anota essa: “O que quer que aconteça em volta de você, não leve para o lado pessoal… Nada que os outros fazem é por causa de você. É por causa deles mesmos.”
Pense nisso e liberte-se!
Ludmilla Torres
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