Recentemente atendi um senhor que trabalha como corretor de imóveis. Trabalhava com afinco, sempre muito atencioso e simpático com os clientes, seguindo a risca tudo que manda o figurino. Mas seus resultados em termos de vendas eram muito pequenos. Já outros colegas da mesma profissão trabalhavam menos e conseguiam vender um volume bem maior em menos tempo.
Ele começou a internalizar que existe um fator chamado "sorte" que alguns tinham, e ele simplesmente não tinha. Por mais que se esforçasse, que trabalhasse nos feriados, o resultado era sempre bem pequeno. Sentia-se refém, impotente diante da má sorte que acreditava ter.
Outro dia, conversando com um vendedor de uma agência de carros, ele me contou que uma vendedora novata que não tinha nenhuma experiência prévia de vendas, logo no primeiro mês foi quem mais vendeu na agência, e repetiu esses resultados nos meses seguintes de forma consistente.
O que será que existe de diferente entre essas pessoas que tem muita sorte e outras que não tem? Será que uns são simplesmente escolhidos pelo universo para serem abençoados e outros não? Vamos explorar melhor esse tema.
Existem fatores visíveis e invisíveis que influenciam a nossa vida, trazendo facilidades ou dificuldades. Os fatores visíveis são mais fáceis de perceber. Exemplos: Ser competente no que faz; atender bem os clientes; se aprimorar intelectualmente; trabalhar com afinco... Tudo isso ajuda a ter mais "sorte", ou seja, contribui para que situações favoráveis aos nossos desejos conscientes aconteçam.
Entretanto, tem um lado invisível que tem um enorme poder de influência sobre a nossa vida. São fatores inconscientes, ou seja, não temos a plena percepção deles, mas eles são determinantes. O que seriam esses "fatores inconscientes"? Tem a ver com a nossa parte emocional, crenças, pensamentos e sentimentos que guardamos. Quanto mais negatividade acumulamos durante a vida, seja através de experiências pessoais, de exemplos de outras pessoas ou de coisas que nos falaram, maior será a nossa falta de sorte. E isso vai ocorrer devido basicamente a dois fatores: Autossabotagem inconsciente, e sincronicidade.
A autossabotagem inconsciente acontece através das nossas próprias ações. Sem que a gente perceba claramente na maioria das vezes, tomamos atitudes que acabam por nos prejudicar: Esquecemos compromissos importantes; adiamos um curso que sabemos que vai ser importante pra nós; nos desorganizamos gerando perda de tempo e prejuízos, não percebemos oportunidades, ou as percebemos mas não agimos na hora...
Acontecem também processos sabotadores mais sutis. Passaremos na nossa linguagem corporal e no nosso tom de voz todas as nossas inseguranças que estão gravadas no campo emocional, gerando resultados desfavoráveis. Por mais que a gente se esforce para parecer simpático e confiante, se interiormente houver sentimentos contrários, vamos deixar transparecer de uma forma sutil, não transmitindo a segurança que desejamos.
Outra forma sutil de autossabotagem é a falta de idéias. Quanto mais negatividade guardamos, menor a nossa criatividade; deixam de aparecer soluções e insights que poderiam melhorar a nossa vida.
Vou falar agora sobre a sincronicidade. São as situações que cruzam ou que deixam de cruzar o nosso caminho: pessoas, amigos, uma oportunidade de emprego ou negócio, uma ideia que alguém nos traz e etc. As sincronicidades, coincidências (ou falta delas) não dependem tanto do nosso esforço, simplesmente surgem ou deixam de surgir no nosso caminho. E tudo parece fruto do acaso. Mas, por trás desse aparente acaso existe todo um mecanismo invisível que é regido pela Lei da Atração onde semelhante atrai semelhante.
Nossas emoções, pensamentos, sentimentos e crenças (conscientes e inconscientes) atraem situações para a nossa vida. É como se tivéssemos um imã interior. Quanto mais negatividade guardamos (medo, rejeição, abandono, sentimentos de não ser capaz e etc...) mais sincronicidades negativas ocorrem que nos fazem reforçar ainda mais os sentimentos negativos.
O oposto também é verdadeiro. Quanto mais bem equilibrados, felizes, e livres de lixo emocional do passado, mais nos aparecem pessoas e situações que ajudam a concretizar nossos objetivos.
A maioria das pessoas enxerga somente fatores mais óbvios, que são os visíveis, e tentam melhorar a sorte somente através deles. Uns conseguem e outros não. Aqueles que fazem um bom trabalho e ainda assim não tem sorte, precisam melhorar a parte inconsciente.
Quando algum cliente traz um problema, o que eu faço é trabalhar a parte emocional, crenças e pensamentos limitantes. Ou seja, trabalho com a EFT toda a parte inconsciente. Foi o que o fiz com o cliente que era corretor. Durante o atendimento, vieram a tona lembranças do seu pai, que sempre teve uma vida financeira bem apertada e também foi corretor. O pai também se achava um homem sem sorte, apesar de trabalhar de forma correta.
Essas lembranças vinham carregadas com sentimentos de tristeza e a sensação de que as coisas são difíceis. Essas emoções negativas acumuladas funcionavam com imã, levando a repetição das mesmas situações vividas pelo pai. O que fizemos durante a sessão foi dissolver essas emoções para que ele ficasse livre dos seus efeitos sabotadores. A sensação de impotência e de que ele não tinha sorte foram liberadas durante a sessão. A tendência é que ele venha a ter mais sorte a partir de agora, pois uma parte da negatividade que ele carregava foi dissolvida.
Durante sete anos tive uma firma de engenharia e a "má sorte" me acompanhava. Por mais que eu me esforçasse e procurasse fazer um trabalho bem feito, as coisas davam errado e os prejuízos iam se acumulando. Quando tinha lucro em um negócio, depois tinha prejuízos enormes que levavam tudo que eu tinha ganho e ainda geravam mais dívidas. Parecia realmente um azar tremendo. Eu me sentia exatamente como o meu cliente que é corretor de imóveis: um refém da falta de sorte. Depois passei e me sentir um incompetente e duvidar que tivesse capacidade pra alguma coisa, devido ao acumulo de tantos fracassos.
Buscando respostas para a minha situação comecei a buscar autoconhecimento através de livros de auto ajuda, trabalhos terapêuticos e pesquisas na internet. Aos poucos fui descobrindo quanta negatividade eu guardava e foi ficando muito claro que não tinha como as coisas darem certo com todo aquele lixo emocional que eu guardava. Depois de muito trabalho limpando a mim mesmo, mudei de profissão, me tornei terapeuta e hoje tenho muito mais "sorte" do que antes. Na maioria das vezes meus projetos dão certo, e só de vez em quando uma coisa aqui e outra ali dá errado.
Resumindo, para aumentar a sorte, só tem dois caminhos: trabalhar a parte visível e melhorar a parte invisível, que é o nosso interior, nos liberando de crenças, pensamentos e emoções negativas através de trabalhos de autoconhecimento.
André Lima - EFT
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Obrigada Sheila, precisava muito ler esse texto hoje! Você é um anjo de luz, um ser abençoado!
ResponderExcluirMe fez muito bem ler esse texto!!
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