"A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo..."
Várias vezes ouvi de um amigo psicanalista essa frase e ela sempre me soou estranha... até agora. Agora que minha filha adolescente, aos quase 18 anos, começa a dar vôos-solo.
Chegou a hora de reprimir de vez o impulso natural materno de querer colocar a cria debaixo da asa, protegida de todos os erros, tristezas e perigos.
Uma batalha interna hercúlea, confesso. Quando começo a esmorecer na luta pra controlar a supermãe que todas temos dentro de nós, lembro logo da frase, hoje absolutamente clara. Se eu fiz o trabalho direito, tenho que me tornar desnecessária.
Antes que alguma mãe apressada venha me acusar de desamor, preciso explicar o que significa isso...
Ser "desnecessária" é não deixar que o amor incondicional de mãe, que sempre existirá, provoque vício e dependência nos filhos, como uma droga, a ponto de eles não conseguirem ser autônomos, confiantes e independentes. Prontos para traçar seu rumo, fazer suas escolhas, superar suas frustrações e cometer os próprios erros também.
A cada fase da vida, vamos cortando e refazendo o cordão umbilical... A cada nova fase, uma nova perda e um novo ganho, para os dois lados, mãe e filho.
Porque o amor é um processo de libertação permanente e esse vínculo não para de se transformar ao longo da vida. Até o dia em que os filhos se tornam adultos, constituem a própria família e recomeça o ciclo.
O que eles precisam é ter certeza de que estamos lá, firmes, na concordância ou na divergência, no sucesso ou no fracasso, com o peito aberto para o aconchego, o abraço apertado, o conforto nas horas difíceis. Esse é o maior desafio e a principal missão.
Ao aprendermos a ser "desnecessários", nos transformamos em porto seguro para quando eles decidirem atracar.
Fonte: Anamaria
Sem dúvida alguma, querida. Você tem toda a razão. O processo é difícil demais, mas necessário. Afinal, o que mais queremos é que nossos filhos sejam capazes de andara com as próprias pernas.
ResponderExcluirA gente sofre um puco, mas no fundo temos aquela sensação de que fizemos o certo. Ser "desnecessária" é necessário.
Adorei o post!
Nossa Sheila, que bacana este texto! Porém percebo que esta forma de superproteção aos filhos é uma coisa bem nossa,no sentido, bem do jeito brasileiro é acho que cultural. Moro aqui na Europa e percebo que todos os pais e mães são bem desencanados com esses medos de deixar os filhos voarem sozinhos. Pelo contrário, aos 18, 20 anos as "crianças" já estão saindo de casa e alçando seus próprios vôos... Estudar fora, morar sozinhos, casar, essas coisas de adultos.Aqui eles são adultos com 18, apesar de toda a juventude. Não são tratados como adolescentes, e sim como adultos. Isso é bom, porque eles nesta idade têm que ser responsáveis pelos seus atos e pensamentos. Acredito que nossos jovens são muito superprotegidos. A maioria dos pais não os deixam crescer e acredito que por isso temos tanto adultos infantilizados...
ResponderExcluirSheilinha,
ResponderExcluirEu concordo com esse texto!
Já vi em muitos casos como a criação superprotetora só atrapalha, mesmo que não seja essa a intenção. Mas a pessoa não cresce, não aprende a enfrentar seus medos. Sábio post,
Um beijo.
Quanto orgulho sua filha deve ter de você! confesso que estranhei o titulo mas concordo,muitas mães agem assim por amor,mas para os filhos fica tão difícil depois na hora de enfrentar o mundo!
ResponderExcluirUm Super Abraço *-*
estrelafloresmelancia.blogspot.com
Eu tenho um filho homem! Um baita homem de 4 meses hehe! bjs :)
ExcluirAi verdade o dono dos fofos pezinhos eternizados com a massinha <3 fiquei tão encantada com o texto que me esqueci de ver a autoria e te dei uma filha de 18 anos,rs
Excluirquerida tenha um lindo final de semana <3
Esse texto é muito bom, e além de tudo, verdadeiro! Bjs,
ResponderExcluirSheyla, sempre tão bom estar por aqui. Ando ausente, mas tenho certeza que vc entende. Seu menino já está com 4meses? Como passa rápido! Lembro de vc comunicando sua gravidez! A minha tb já já estará aqui! Beijos e um lindo mês!
ResponderExcluirSheila, que texto ótimo! Eu penso assim tb, tento fazer, na medida certa, que meus filhos possam se virar e pensar por si mesmos!
ResponderExcluirE como está o passarinho Baby? Vc viu as coisas de bebê na Lojinha? Depois me fala!
Beijos!
CamomilaRosa
delicadezas do seu blog chamou atencao , ludico
ResponderExcluirSheila, sempre aprendo algo com seus textos, mas, este texto calou fundo no meu âmago. Obrigada.
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