Existem diversos tipos de vingança, desde aquelas mais graves onde alguém
pode cometer um crime para revidar um outro crime sofrido, até outras
vingancinhas que praticamos inconscientemente no nosso dia a dia. Vamos ver
as razões que nos levam a agir dessa forma.
Quando acontece algo que julgamos
injusto, sentimentos desconfortáveis de raiva e injustiça se manifestam
imediatamente e nos causam sofrimento. Obviamente, queremos ficar em paz
e desejamos nos livrar o mais rápido possível destes incômodos sentimentos.
Tentaremos algumas estratégias, quase sempre equivocadas, no intuito de
apaziguar nossa inquietação.
O ideal seria que trabalhássemos dentro
de nós mesmo para curar esse sofrimento, sem a dependência de nada que viesse
de outras pessoas. Mas a nossa reação automática é querer que alguma
coisa aconteça no exterior para que possamos voltar a ficar em paz. Isso ocorre
por que achamos, consciente ou inconscientemente, que nosso bem estar depende
de fatores externos. Pode surgir, por exemplo, o desejo que o outro reconheça
seu erro. E se isso ocorrer e houver um pedido de desculpas sincero (e talvez
uma reparação do dano causado) a pessoa que se sentiu injustiçada volta a ficar
em paz.
Só que em boa parte das vezes o outro não acha que fez nada errada, ou até
sabe mas não irá reconhecer, ou ainda, mesmo que reconheça não há como reparar
o dano causado. Continuaremos então com o nosso desconforto de raiva e
injustiça e com a urgência de nos libertarmos desse sofrimento o mais rápido
possível.
Nesses casos pode surgir o desejo
de infligir sofrimento a pessoa que julgamos como o causador do nosso
desconforto. E por que isso ocorre? De alguma forma, nos sentimos melhor quando
o outro se sente mal. Melhor dizendo, temos uma falsa sensação de bem estar
quando o outro que nos causou sofrimento, está agora sofrendo. É como se
tivéssemos um equipamento interno que compara o nosso grau de felicidade com o
da outra pessoa. Se achamos que estamos mais miseráveis que o outro, isso nos
deixa ainda mais frustrado. Mas se temos a percepção de que o outro está indo
mal, de preferência pior do que nós, então parece que sentimos um certo alívio.
O sentimento de vingança é uma prisão. É uma ilusão onde acreditamos que
precisamos ver ou ter notícias de sofrimento da outra pessoa para que a nossa
sensação de injustiça seja amenizada.
A vingança pode ocorrer de várias
formas. Pode ser um ato de violência física, agressão verbal, mas também se dá
de forma mais sutil. Quando guardamos ressentimentos das pessoas próximas as
quais nos relacionamos diariamente, vamos praticar pequenas vinganças durante
nossas interações.
Falar mal de alguém pelas costas na
tentativa de espalhar uma imagem ruim é uma forma de vingança. A vingança
pode vir disfarçada de comentários maldosos e ironias que fazemos durante a
conversa com a pessoa da qual nos ressentimos. Podemos também criticar,
desprezar, tratar com frieza, desdenhar (disfarçado as vezes de bom humor) ou
ainda jogar um olhar "atravessado". São tentativas de atingir o
outro, de tentar minar sua autoestima.
Em alguns casos podemos tentar fazer
com que a pessoa se sinta culpada. Demonstramos toda a nossa raiva e indignação
para que ela sofra com o sentimento de culpa, mas esse efeito nem sempre
acontece.
Sempre que o nosso bem estar depende do comportamento ou dos sentimentos dos
outros, nos tornamos prisioneiros emocionais. A raiva ou o sentimento de
injustiça é uma energia que está dentro de nós e pode ser curada independente
de qualquer coisa que aconteça no exterior.
Por trás do sentimento da raiva
existe também uma falsa crença de que estamos punindo a outra pessoa. Claro que
isso não funciona. "Sentir raiva de alguém é como tomar um veneno e
esperar que o outro morra". Não sei de quem é a frase, mas concordo
plenamente. Os ressentimentos tiram a nossa energia, baixam nossa autoestima,
nos fazem adotar o padrão da vítima, roubam a nossa criatividade, e assim
deixamos de criar uma vida melhor no presente momento.
Todas essas formas de vingança, das
mais graves as mais sutis, são sinais claros das mágoas, raivas e
ressentimentos que ainda guardamos. Algumas pessoas falam já ter superado
certos eventos de suas vidas, mas com um olhar mais atento, identificando seus
desejos de vingança, observamos que isso ainda não aconteceu.
A verdade maior é que a nossa paz interior depende exclusivamente de nós mesmos. Isso pode ser difícil de aceitar ou de acreditar, mas quando começamos a enxergar isso, é muito libertador.
A verdade maior é que a nossa paz interior depende exclusivamente de nós mesmos. Isso pode ser difícil de aceitar ou de acreditar, mas quando começamos a enxergar isso, é muito libertador.
acho ue vingança da paz sim
ResponderExcluiré uma forma da gente se defender
é humano
mas bem feito o texto
Gentem...todos temos um lado negro aqui dentro...
ResponderExcluirBjs, e uma linda tarde pra vc!
CamomilaRosa
Concordo plenamente, nossa paz depende de nós, assim como a nossa felicidade. Delegar ao outro a responsabilidade pelos nossos sentimentos é um grande engano. Além disso, existe a Lei de Ação e Reação, isto é, tudo o q fizermos ao outro, retornará a nós e sentiremos aquilo q fizemos o outro sentir. Portanto, a vingança é um ledo engano e um grande erro. Muita paz!
ResponderExcluirSheila querida
ResponderExcluirAbomino qualquer tipo de vingança...acredito na lei do retorno e não gosto de alimentar qualquer tipo de pensamento negativo.
Muito bom este texto,amiga.Depois lerei os outros.Muito obrigada pela partilha.
Bjssssss,
Leninha
Estava passando e entrei mesmo sem bater, a porta estava aberta, achei lindo aqui e li até estou seguindo!
ResponderExcluirAmei o texto foi bem escolhido, diz tudo sobre vinganças, eu não sou dada às vinganças, sempre deixo pra lá, pois tudo na vida vem como lições e até com pessoas que se vingam aprendemos algo, elas nunca estão em paz!
Abraços.
Ivone
Que bom que você chegou! Bem Vinda! :)
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