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terça-feira, 3 de abril de 2012

Ser um ninguém...

Certo dia, Bankei estava trabalhando em seu jardim. Um buscador apareceu, um homem em busca de um Mestre, aproximou-se e perguntou a Bankei, "Jardineiro, onde está o Mestre?"

Bankei sorriu e disse, "Espere. Passe por essa porta, e lá dentro você achará o Mestre".

Então, o homem deu a volta e entrou. Encontrou Bankei sentado num trono, o mesmo homem que ele viu cuidando do jardim. O jovem perguntou, "Você está brincando? Desça desse trono. Isso é sacrilégio! você não tem respeito pelo Mestre".

Bankei desceu, sentou-se no chão, e disse: "Assim você torna as coisas difíceis. Agora você não irá encontrar o mestre aqui, pois eu sou o mestre".

Era difícil para esse homem entender que um grande mestre podia trabalhar no jardim, podia ser uma pessoa comum. Ele foi embora, pois não podia acreditar que aquele homem era o mestre, ele não entendeu.

Todos temem ser ninguém. Somente pessoas raras e extraordinárias não temem ser ninguém - um Gautama Buddha, um Bankei. Um ninguém não é um fenômeno comum; é uma das grandes experiências da vida - o fato de que você é, mas ainda assim não é. Que você é pura existência sem nome, sem endereço, sem fronteiras. Nem pecador nem santo, nem inferior nem superior, apenas um silêncio.

Pessoas estão com medo disso porque toda a personalidade delas terá então desaparecido; nome, fama, respeitabilidade, tudo se vai; daí, o medo. Mas a morte vai tirá-las de você de qualquer forma. Aqueles que são sensatos permitem que essas coisas caiam por si mesmas. Assim nada resta para a morte levar. Depois todos os medos desaparecem, pois a morte não pode acontecer a você; já que nada terá restado para ela. A morte não pode matar um ninguém.

Uma vez que você sente essa anulação do ser, você se torna imortal. A experiência de anular o seu ser, de ser ninguém, é o sentido exato do nirvana, do nada, do silêncio absoluto e imperturbável, sem ego, sem personalidade, sem nenhuma hipocrisia. Apenas silêncio - e a sinfonia dos insetos no meio da noite.

Você está aqui de certa forma, e ainda assim não está.

Você está aqui devido à velha associação com o corpo, mas olhe para dentro e verá que não está. E esse insight, essa percepção, onde há puro silêncio e puro estado-de-ser, isso é sua realidade, que a morte não pode destruir. Essa é sua eternidade, sua imortalidade.

Não há nada a temer. Não há nada a perder. E se você acha que perdeu algo - nome, respeitabilidade, fama - estes são sem valor. Estes são brinquedos de crianças, não servem para pessoas maduras. É hora de você amadurecer, hora de você apenas ser.

Seu ser - alguém é tão pequeno. Quanto mais alguém você for, menor é; quanto mais ninguém você for, maior você é. Seja absolutamente ninguém, e você será um com a própria existência".

Osho - Tarô da transformação.


6 comentários :

  1. Pois é, eu vim aqui pra debaixo do seu telhado conhecer um pouco a moça que aqui reside. Sentei,me senti benvinda.Quem sabe não te recebo debaixo do meu telhado para um bom café numa mesa com toalha xadrez? Prazer em conhecer, Cacau.

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  2. Amei tudo que vi por aqui...a começar pelo nome do blogue....eu amo passarinhos!
    Obrigado por selecionar lindas mensagens e compartilha-las conosco.
    Tenha dias iluminados!
    Cris

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  3. Sheila querida, que texto maravilhoso! Amo Osho!

    Um super beijo

    www.emporiocasadachiquinha.blogspot.com

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  4. Ler Osho é sempre um grande aprendizado.
    Beijinhos pra vc e bom dia

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  5. Sábias palavras do Mestre Osho!
    Um verdadeiro nimguem!

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