A compaixão é o florescimento supremo da consciência. É a paixão libertada de toda a escuridão, é a paixão libertada de todo cativeiro, é a paixão purificada de todo veneno. A paixão torna-se compaixão. A paixão é a semente, a compaixão é a flor que nasce dessa semente.
Mas a compaixão não é bondade e bondade não é compaixão!
A bondade é uma atitude motivada pelo ego, ela fortalece o ego. Quando você é bondoso com alguém, você tem o controle. Quando você é bondoso com alguém, há um profundo insulto por trás desse gesto – você está humilhando essa pessoa e está satisfeito com essa humilhação. É por isso que nunca se esquece de um gesto de bondade. A pessoa para quem você ofereceu esse gesto continuará, de alguma maneira, zangada com você e com desejo de se vingar. Isso porque a bondade só se parece com compaixão na superfície; no fundo ela não tem nada a ver com compaixão. Ela tem outros motivos inconfessos.
A compaixão não tem nenhuma motivação – não tem motivo nenhum. Você mostra compaixão porque a sente, não porque os outros precisem. Os outros não são levados em consideração na compaixão. Você tem tanto que acaba transbordando! A compaixão é espontânea, é natural, é como respirar. A bondade é uma atitude cultivada. É uma espécie de esperteza; uma atitude calculada, uma aritmética.
Você já ouviu um dos mais importantes ditados que existem. Ele está presente, de uma forma ou de outra, em quase todas as escrituras do mundo:
“ Faça aos outros o que você gostaria que fizesse a você”.
Essa é uma atitude calculada, não é compaixão. Ela não tem nada a ver com religiosidade – trata-se de um tipo inferior de moralidade, de uma moralidade bem mundana: “ Faça aos outros o que gostaria que fizessem a você”. Você só está fazendo porque gostaria de receber exatamente o mesmo em troca. É egoísmo, é autocentrismo, é egocêntrico.
Você não está servindo o outro, não está amando o outro - de uma maneira indireta, está servindo a si mesmo. Trata-se de um egoísmo esclarecido, mas não passa de egoísmo- um egoísmo muito inteligente, mas é um egoísmo.
A compaixão é um florescimento, um fluxo incalculado. Você simplesmente continua a dar porque não há outra saída.
Portanto, lembre-se, compaixão não é bondade – no sentido que você costuma usar a palavra bondade. Num outro sentido, a compaixão é a única bondade de verdade. Você não está “sendo bondoso” com alguém, você não é mais grandioso do que o outro, você está simplesmente liberando a energia que está recebendo do todo. Ela vem do todo e volta para o todo – você não fica na frente como um obstáculo, isso é tudo.
A bondade fortalece o EGO e a compaixão só é possível quando o ego desapareceu completamente.Então, não se deixe enganar pelos dicionários, porque os dicionários dizem que compaixão é sinônimo de bondade. Isso não acontece no verdadeiro dicionário da existência.
Osho
Mas a compaixão não é bondade e bondade não é compaixão!
A bondade é uma atitude motivada pelo ego, ela fortalece o ego. Quando você é bondoso com alguém, você tem o controle. Quando você é bondoso com alguém, há um profundo insulto por trás desse gesto – você está humilhando essa pessoa e está satisfeito com essa humilhação. É por isso que nunca se esquece de um gesto de bondade. A pessoa para quem você ofereceu esse gesto continuará, de alguma maneira, zangada com você e com desejo de se vingar. Isso porque a bondade só se parece com compaixão na superfície; no fundo ela não tem nada a ver com compaixão. Ela tem outros motivos inconfessos.
A compaixão não tem nenhuma motivação – não tem motivo nenhum. Você mostra compaixão porque a sente, não porque os outros precisem. Os outros não são levados em consideração na compaixão. Você tem tanto que acaba transbordando! A compaixão é espontânea, é natural, é como respirar. A bondade é uma atitude cultivada. É uma espécie de esperteza; uma atitude calculada, uma aritmética.
Você já ouviu um dos mais importantes ditados que existem. Ele está presente, de uma forma ou de outra, em quase todas as escrituras do mundo:
“ Faça aos outros o que você gostaria que fizesse a você”.
Essa é uma atitude calculada, não é compaixão. Ela não tem nada a ver com religiosidade – trata-se de um tipo inferior de moralidade, de uma moralidade bem mundana: “ Faça aos outros o que gostaria que fizessem a você”. Você só está fazendo porque gostaria de receber exatamente o mesmo em troca. É egoísmo, é autocentrismo, é egocêntrico.
Você não está servindo o outro, não está amando o outro - de uma maneira indireta, está servindo a si mesmo. Trata-se de um egoísmo esclarecido, mas não passa de egoísmo- um egoísmo muito inteligente, mas é um egoísmo.
A compaixão é um florescimento, um fluxo incalculado. Você simplesmente continua a dar porque não há outra saída.
Portanto, lembre-se, compaixão não é bondade – no sentido que você costuma usar a palavra bondade. Num outro sentido, a compaixão é a única bondade de verdade. Você não está “sendo bondoso” com alguém, você não é mais grandioso do que o outro, você está simplesmente liberando a energia que está recebendo do todo. Ela vem do todo e volta para o todo – você não fica na frente como um obstáculo, isso é tudo.
A bondade fortalece o EGO e a compaixão só é possível quando o ego desapareceu completamente.Então, não se deixe enganar pelos dicionários, porque os dicionários dizem que compaixão é sinônimo de bondade. Isso não acontece no verdadeiro dicionário da existência.
Osho
Techo do Livro: Compaixão – O florescimento supremo do Amor.
Imagem: Jo Cortez
perfeito *.*
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